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jovem agredida Delegada investiga namorado e diz que tipo de lesão 'não é de queda' Delegada investiga namorado e diz que tipo de lesão 'não é de queda' 6 JAN 2014 • POR Gabriel Maymone e Laura Holsback • 15h30

A titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Rosely Molina, responsável pelas investigações sobre o caso de Giovanna Nantes Tresse de Oliveira, confirmou que o namorado da jovem Matheus George Tannous é o principal suspeito das agressões. Ambos têm 19 anos.

À polícia, o rapaz contou que por volta de meia-noite e meia do dia 1º, após a comemoração de ano novo, ambos beberam e discutiram. Segundo ele, a namorada entrou em depressão e levou um tombo, que teria provocado as lesões. Mas a delegada afirma que o tipo de lesão apresentada pela menina não é para queda. Outro fator que levou a considerar o rapaz suspeito é o fato da mãe da vítima ter procurado a polícia no dia 3, indicando a suspeita de que ele teria agredido a jovem.

A polícia iniciou hoje os procedimentos de investigação. Até o momento, segundo a delegada, sabe-se que os dois realmente discutiram naquela noite e que o motivo seria ciúmes.

Apesar de ainda não haver confirmação acerca da suspeita, a delegada considerou melhor que a jovem mantenha distância do rapaz e pediu medida protetiva, até a conclusão das investigações.

Até o momento, apenas a mãe de Giovanna foi ouvida. Questionada quando a polícia iria tomar o depoimento do suspeito, a delegada afirmou que ainda não sabe quando isso ocorrerá. 

Caso
O casal namora há um ano e moravam juntos há seis meses em um apartamento na Rua São Paulo, Vila Gomes, em Campo Grande.

Quando Giovanna foi socorrida pelo Samu, ela estava inconsciente e com duas lesões: mandíbula e um osso abaixo do olho quebrados.

Estado de saúde
Giovanna foi submetida a procedimento cirúrgico na manhã desta segunda-feira, na Santa Casa, onde está internada desde o dia 1º. A assessoria do hospital informou que a jovem passa bem. 

Medida protetiva
A solicitação é feita por um delegado de polícia e analisada por um juiz. Caso a medida protetiva seja expedida, o suspeito/agressor fica impedido de manter contato com a vítima e familiares, inclusive por internet ou telefone. Se descumprida, configura crime de desobediência previsto no art. 330 do Código Penal - detenção de 15 dias a seis meses, e multa.