Irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), a jornalista Andrea Neves antecipou sua saída do cargo que ocupava em uma associação em Minas Gerais para entrar na campanha presidencial do irmão.
Andrea Neves deixou a presidência do Servas (Serviço Voluntário de Assistência Social) na terça-feira, cargo que ocupava desde 2003, quando Aécio assumiu o governo de Minas. A entidade não faz parte da estrutura estatal.
A jornalista integrará a equipe de comunicação da campanha, mas não deverá atuar como coordenadora, de acordo com a assessoria do senador mineiro.
Segundo o deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB de Minas, a coordenação da campanha terá um modelo de colegiado, que não será centrado em uma única pessoa.
"Nós achamos que há um esgotamento desse modelo centrado num único marqueteiro, essa personalização", disse Pestana. "A Andrea vai ter uma participação essencial, nesse sentido de uma coordenação colegiada."
Mesmo com o "modelo colegiado", o PSDB escolherá nas próximas semanas um novo nome para integrar a equipe de marketing. Em dezembro, o partido rompeu com o marqueteiro Renato Pereira, após divergências sobre a campanha.
Já para a coordenação geral da campanha, o partido deverá escolher até fevereiro um nome político, com boa interlocução com as bancadas do Congresso e com lideranças estaduais.
Entre os nomes cotados estão o ex-senador Tasso Jereissati (CE) e os senadores Aloysio Nunes Ferreira (SP) e Cássio Cunha Lima (PB).
Antecipação
Com a saída de Andrea, a presidência do Servas passou para Célia Pinto Coelho, mulher do vice-governador mineiro, Alberto Pinto Coelho (PP).
A mudança era esperada para abril, para coincidir com a data em que o vice-governador assumirá o Palácio Tirandentes o governador Antonio Anastaria (PSDB) deixará o cargo para disputar uma vaga no Senado.
Segundo a assessoria de Aécio, Andrea decidiu antecipar sua saída por motivos pessoais, já que está se dedicando à irmã mais nova, que sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) e está internada no Rio de Janeiro.