Os alunos da Rede Municipal de Ensino (Reme) correm o risco de começar o segundo ano letivo consecutivo sem os kits escolares, com materiais básicos, como caderno, lápis e borracha. Ontem, foi reaberto o processo licitatório, inclusive, com um novo edital. Os envelopes com as propostas dos participantes, contudo, só será aberto no dia 20 deste mês, exatamente 17 dias antes do início das aulas nas escolas municipais.
O primeiro edital foi suspenso em dezembro do ano passado, depois de três empresas entrarem com pedido de impugnação. Os problemas identificados seriam em dois produtos: borracha com capa de plástico reciclável e apontador feito com garrafa PET. Só há uma indústria destes produtos no País, o que eliminaria a concorrência.
Agora, a prefeitura abriu novamente a licitação. Para comprar cerca de 89,5 mil kits escolares, a administração municipal pretende gastar R$ 4.7710.795. O valor é maior do que o gasto no ano passado para compra semelhante: R$ 2,65 milhões.
São três tipos de kit, com itens diferentes. O primeiro tem 11 itens e é destinado a estudantes do 1º ao 4º anos. Com este lote de 38 mil kits, deve ser gasto pouco mais de R$ 2 milhões. O segundo kit, para alunos do 5º e 6º ano, tem 10 itens e a compra de 25 mil unidades está cotada em R$ 1,2 milhão. Do último kit, com oito itens, devem ser compradas 26,5 mil unidades, ao custo de R$ 1,4 milhão, para alunos do 7º ao 9º ano.