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PORTO MURTINHO Ilhados e sem comida, paraguaios pedem socorro Ilhados e sem comida, paraguaios pedem socorro 14 JAN 2014 • POR DA REDAÇÃO • 00h00

Em função do isolamento com a chuvarada que cai desde o primeiro dia do ano sobre San Lázaro e Vallemi, autoridades dos distritos paraguaios, habitados por ao menos 20 mil pessoas, pediram socorro ao prefeito de Porto Murtinho, Heitor Miranda, do PT, segundo reportagem na edição desta terça-feira (14) do jornal Correio do Estado.

Sem ter onde recorrer, as duas comunidades, já sem comida e remédios, querem a autorização do governo brasileiro para atravessar uma embarcação paraguaia até o município sul-mato-grossense, onde pretendem comprar mantimentos.

Segundo a reportagem de Celso Bejarano, no sábado, as autoridades assinaram em Porto Murtinho um protocolo de emergência, acordo que deve permitir a navegação pelo rio Apa, que corre sobre solo brasileiro e paraguaio.
A permissão depende do aval do governo federal, por se tratar de um rio internacional, de estrutura do lado brasileiro, no caso.

“Não temos alternativa. Porto Murtinho é a cidade mais próxima [60 km por terra mais 45 minutos de navegação] e mais estruturada para fornecer o que nossas comunidades precisam. Estamos sem abastecimento há 15 dias. Ficamos sem víveres, principalmente leite, carne, iogurte, verduras e frutas, além de outros artigos de primeira necessidade”, disse o intendente [prefeito] do distrito paraguaio de San Lázaro, Celso Ovelar Daspett.