O primeiro dos dois dias do referendo sobre a nova Constituição no Egito foi marcado pelo apoio ao chefe do exército egípcio, Abdel Fatah al Sisi, assim como pelos protestos islamitas, nos quais morreram pelo menos nove pessoas em distintas áreas do país.
Os colégios eleitorais fecharam suas portas ontem por volta das 21h locais (17h de Brasília), informou a televisão estatal.
O canal mostrou imagens dos juízes de várias mesas eleitorais selando as urnas nas quais foram depositadas as cédulas, na presença soldados das forças da ordem.
Mais de 52,7 milhões de egípcios estavam convocados desde as 9h locais (5h de Brasília) em 30.337 colégios eleitorais para uma votação que se seguirá amanhã.
O referendo faz parte do plano traçado pelos militares após a destituição do presidente islamita Mohammed Mursi, que prevê também a realização de eleições presidenciais e parlamentares nos próximos meses.
A Irmandade Muçulmana pediu um boicote ao referendo, em rejeição ao golpe de Estado do exército no último dia 3 de julho.
A nova Constituição substitui a aprovada pela Irmandade em 2012, que foi suspensa pelos militares.
Por meio da consulta, as autoridades buscam legitimar seu roteiro para o país, por isso fizeram forte campanha a favor do texto, que diminui o tom islamita da Constituição anterior e reforça o papel das Forças Armadas.
Espera-se que a Constituição seja aprovada com folga devido à campanha fraca para o "não" e o boicote dos principais opositores ao texto.
Mortes