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Dilma Rousseff afirma que construir estádios é relativamente simples Dilma Rousseff afirma que construir estádios é relativamente simples 24 JAN 2014 • POR jornal nacional • 03h00

A situação de Curitiba também foi um dos assuntos do encontro do presidente da Fifa, Joseph Blatter, com a presidente Dilma Rousseff, na Suíça.

Era uma visita de cortesia, e isso não faltou. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, foi até a porta para receber a presidente do Brasil. Eram só sorrisos. Lá dentro, Dilma Rousseff visitou uma exposição com bolas de outras Copas, e com cartazes que promoveram no passado a festa do futebol em outros países.

Uma forma sutil por parte da Fifa de mostrar o peso, a responsabilidade de sediar o evento mais popular do mundo. Foi uma conversa que durou mais de uma hora. Era o momento de acertar os ponteiros e fazer o possível para que essa Copa brilhe.

Blatter disse que a confiança reina e é recíproca e que pequenos retoques, ainda necessários, não são problema. Embora não fossem permitidas perguntas, a presidente Dilma respondeu indiretamente as dúvidas sobre o estádio de Curitiba, a Arena da Baixada.

“Os estádios são obras relativamente simples. Haverá todo o empenho para ser a Copa das copas. Isso inclui estádios, aeroportos, portos”, disse Dilma.

No encontro, ambos disseram também que a Copa do Mundo no Brasil vai promover três mensagens: uma contra o racismo, outra de incentivo ao futebol feminino e a última pela paz mundial, essa um pedido do Papa Francisco.

No dia 30 de outubro de 2007, o presidente Lula foi até a Fifa para receber oficialmente o direito de o Brasil de sediar a Copa. Ao todo, 2.275 dias depois, a Fifa volta a ser visitada por um presidente brasileiro. Durante todo esse tempo houve uma série de tropeços e recriminações, mas nesta quinta (23) ficou claro que as relações entre a Fifa e o governo brasileiro estão em paz.

A Copa no Brasil também foi assunto no Fórum Econômico Mundial em Davos.

O ministro da Fazenda Guido Mantega explicou o papel do governo em relação aos gastos da Copa.

“A maior parte dos recursos está sendo gasta, como na Rússia, na infraestrutura urbana. O governo federal está apenas dando o financiamento, porque são os estados ou a iniciativa privada que estão gastando para fazer os estádios”, afirmou Guido Mantega, ministro da fazenda.

No painel sobre a economia dos Brics, sigla que inclui Brasil, Rússia, índia, China e África do Sul, Mantega disse que esses países vão continuar a liderar o crescimento mundial e que com a melhora das economias dos países mais avançados o comercio vai voltar a crescer.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária do Banco Central sinalizou que vai voltar a elevar a taxa básica de juros porque a inflação ainda mostra resistência ligeiramente acima do esperado. Na Suíça, o ministro da Fazenda Guido Mantega disse que "o controle da inflação será prioridade do governo sempre".

Nesta reunião que discute os rumos do desenvolvimento do planeta, um país que estava isolado ocupou nesta quinta o centro das atenções.

Acoplar seu vagão ao trem da economia mundial é hoje o objetivo do Irã. Para isso, nesta quinta (23), o presidente iraniano Hassan Rouhani se reuniu antes com empresários da área de petróleo e depois, para um auditório lotado, disse que o Irã está aberto para negócios.

Rouhani enfatizou como positivos os laços históricos com países europeus, que devem ser normalizados, e a retomada do diálogo com os Estados Unidos. Em relação à guerra da Síria, disse que todos têm que ajudar os sírios a decidirem o futuro em eleições livres. Declaração que um líder da oposição retrucou assim: “E quem vai votar nessas eleições? Os sete milhões de sírios que fugiram do país? Os que estão presos?”.