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DECISÃO Juiz decreta prisão preventiva de acusados de envolvimento na morte de investigador Juiz decreta prisão preventiva de acusados de envolvimento na morte de investigador 31 JAN 2014 • POR DA REDAÇÃO • 18h00

O juiz titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete, decretou a prisão preventiva de seis acusados de envolvimento no assassinato do Policial Civil Dirceu Rodrigues dos Santos, morto a tiros na noite da última terça-feira (28).

De acordo com o auto de prisão em flagrante, por volta das 22h40min, na região do Jardim Campo Alto, os irmãos Alexandro - travesti Natália - e Alexandre teriam efetuado disparos de arma de fogo contra o policial Dirceu dos Santos e agredido fisicamente o policial Osmar Ferreira.

O documento afirma ainda que os investigados são acusados também pelo crime de furto e receptação. Além dos dois suspeitos, mais quatro pessoas são acusadas de envolvimento na morte do policial: Geovane Oliveira Andrade, acusado também do crime de receptação e de porte ilegal de arma de fogo, Renato Ferreira Alves. e Cleber Ferreira Alves., acusados de porte ilegal de arma de fogo e ainda Lúcia Helena Barbosa Gonçalves., acusada do crime de receptação.

De acordo com o juiz, os indícios de materialidade e autoria do crime recaem sobre os acusados. 

Conforme o magistrado, “De uma análise dos diversos depoimentos e interrogatórios colhidos no auto de prisão em flagrante, tenho como presentes indícios suficientes da participação dos investigados na morte do Policial Civil Dirceu e na agressão ao Policial Civil O.F., ocultação dos pertences do policial vítima de homicídio e da arma de fogo utilizada no crime, bem como na prática dos crimes de furto e receptação que estavam sendo investigados pelos Policiais Civis ora vítimas”.

Desse modo, a prisão preventiva dos acusados deve ser decretada primeiramente pela ordem pública, afirmou o juiz, pois além da grande repercussão social, as vítimas “eram agentes públicos, ou seja, policiais civis que se encontravam no exercício de seus trabalhos, o que causa indignação geral”.

A prisão cautelar, continuou o magistrado, também se faz necessária para assegurar a aplicação da lei penal, pois os suspeitos Alexandro e Alexandre ofereceram resistência à investigação, ocultando os pertences do policial civil vítima de homicídio e tentaram fugir, inclusive com a própria viatura policial descaracterizada.

Já os acusados Geovane, Renato., Cleber. e Lúcia ocultaram os pertences do policial Dirceu e também a arma de fogo utilizada no crime. Além dos seis acusados, um adolescente também é apontado como suspeito de envolvimento no crime.