Logo Correio do Estado

OPERAÇÃO VULCANO 'Máfia da Receita' leva seis anos para chegar à Justiça 'Máfia da Receita' leva seis anos para chegar à Justiça 26 FEV 2014 • POR DA REDAÇÃO • 00h00

Perto de completar seis anos de deflagrada a Operação Vulcano, da Polícia Federal, que levantou suspeitas de corrupção sobre oito servidores da Receita Federal, em Corumbá, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou dois doleiros acusados de participar de um esquema de fraude em operações de importação de vestiários, bebidas e combustível. Os servidores federais teriam recebido propina para legalizar as ações do bando, conforme reportagem na edição de hoje (26) do jornal Correio do Estado.

A tarefa dos auditores e fiscais da Receita na trama, segundo investigação da Polícia Federal, era a de legitimar as mercadorias trazidas da China como se fossem do Chile ou Bolívia.
Com isso, a quadrilha lucrava, já que as importações de países da América do Sul, conforme combinado, aliviavam os tributos das operações comerciais firmadas entre si.

A questão é tratada na Justiça Federal sob sigilo. Embora o caso tenha sido deflagrado em 2008 e a PF indiciado 65 pessoas, até agora, quase seis anos depois, ninguém foi sentenciado.
O MPF denunciou os irmãos Ali Issmail Sahely, 37, e Hassan Ismail, 36, moradores de Corumbá, por crime financeiro.

Ali, sem autorização do Banco Central, montou uma casa de câmbio clandestina, segundo a operação da PF, conhecida como “Vulcano”, e era ele quem emprestava dinheiro para transitar as cargas de importações ilegais. A reportagem é de Celso Bejarano.