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RIO DE JANEIRO Em campanha por aumento, garis voltam a protestar no centro Em campanha por aumento, garis voltam a protestar no centro 2 MAR 2014 • POR FOLHAPRESS • 15h15

Um grupo de cerca de 200 garis protestam desde o início da tarde de hoje no centro do Rio.
Eles ameaçam entrar em greve. Ontem, cerca de 500 garis entraram em confronto com a Polícia Militar nos arredores do sambódromo.

O grupo já fez um ato em frente ao centro administrativo da prefeitura do Rio e segue em direção à Sapucaí. Homens do Batalhão de Choque da PM acompanham a movimentação dos garis.

Dezenas de ruas do centro do Rio amanheceram cheias de lixo hoje. Palco do desfile do Cordão da Bola Preta no sábado, a avenida Rio Branco acumulava sujeira em toda a sua extensão.

A coleta de lixo teve início na avenida Rio Branco a partir das 10h. Os garis disseram que foram buscados em casa pela direção da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana)

Eles reivindicam o aumento de benefícios, além do pagamento integral das horas extras nos fins de semana.

Ontem, o Sindicato de Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio informou que a categoria não está em greve. O sindicato reafirmou que mantém negociação com a prefeitura.

Líder do movimento afirmam que 70% dos garis aderiram a paralisação ontem.

Em nota, a Comlurb informou que "alguns pontos da cidade sofreram interferência de membros de um grupo de grevistas sem representatividade nem ligação com sindicato reconhecido da categoria e com movimento considerado ilegal pela Justiça do Trabalho, o que dificultou e atrasou a realização dos serviços nestes locais.

Segundo a Comlurb, a empresa mantém a rotina especial de limpeza programada para o período de Carnaval.

Ontem, a desembargadora Rosana Salim Villela Travesedo, do Tribunal Regional do Trabalho do Estado do Rio de Janeiro (TRT-RJ), declarou a "abusividade e ilegalidade" de qualquer movimento de paralisação dos garis vinculados à Comlurb.

Na sentença, a juíza destaca que o "movimento paredista" ocorre no curso da negociação do dissídio coletivo de 2014 da categoria. Rosana Travesedo determinou a imediata suspensão do movimento, de forma a garantir o funcionamento dos serviços essenciais de coleta e disposição do lixo domiciliar e urbano, "sob pena de multa diária no caso de descumprimento".

A multa tem valor de R$ 25 mil.