Prostitutas, porcos, galinhas, e cervejas viraram moeda de troca entre quadrilhas de contrabandistas e receptadores de óleo diesel e gasolina, crimes praticados há pelo menos três anos, no coração do Pantanal sul-mato-grossense, segundo reportagem na edição de hoje (17) do jornal Correio do Estado.
Policiais civis de Corumbá descobriram e prenderam sete homens supostamente ligados ao bando, que transportava a mercadoria num navio paraguaio.
O grupo negociava o combustível, vindo do Paraguai com fazendeiros da região. Dois dos implicados, um deles o chefe do grupo, moram em Porto Esperança, centenário distrito de Corumbá, segundo a delegada que conduz o caso, Joilce Silva Ramos.
O litro do combustível era comprado por R$ 1 e vendido a R$ 2, presume a investigação.
“Por combustível até prostitutas eram contratadas. Comida, cerveja, porco caipira, galinha caipira, peixe, tudo era comercializado por uma quantidade ‘x’ de combustível retirada dos navios que por ali passavam”, disse a delegada que calcula que “uma média de dois a três navios por semana passam naquela região de Porto Esperança”.
A polícia, que ainda não concluiu o inquérito, investigou o caso por ao menos três meses. Foram detidos Altair Vieira daSilva, Sérgio Gomes Matos, e Raul Alfredo Aquino Diaz, este último paraguaio, comandante de um navio locado pela Vale Mineradora, que transporta o que extrai na região, a partir de Porto Esperança e a cidade de Ladário.
Conforme a reportagem de Ana Carolina Monteiro e Celso Bejarano , nessa embarcação que trafegava a gasolina e o óleo diesel contrabandeados, o flagrante ocorreu dia 7 de março, uma semana atrás.