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cultura Forte de Coimbra é tema de livro que faz análises históricas, religiosas e militares Forte de Coimbra é tema de livro que faz análises históricas, religiosas e militares 9 ABR 2014 • POR DA REDAÇÃO • 18h30

Um dos principais sítios históricos de Mato Grosso do Sul, o Forte de Coimbra agora tem sua história analisada em livro, com artigos de pesquisadores que se relacionaram com a construção do século XVIII tanto cientifica, como afetivamente. O livro “Forte de Coimbra – História e tradição” foi publicado pelo Exército Brasileiro, a pedido do Comando Militar do Oeste (CMO), que gerencia o espaço.

Localizado na região do Pantanal de Nabileque, o forte foi edificado em 1775. Assentado à margem direita do Rio Paraguai, trata-se de um dos marcos históricos no Estado, tendo sobrevivido com memória edificada de dois ataques. O primeiro perpetrado por Lázaro de Ribera e o segundo durante a Guerra da Tríplice Aliança.

Tombado como patrimônio histórico brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1978, o Forte de Coimbra atualmente é sede da 3a Companhia de Fronteira do CMO. Além dos militares do exército que vivem por lá, famílias ribeirinhas também fazem parte da história da região.

Livro

Em julho de 2013, a convite do Comando Militar do Oeste, uma equipe formada por professores universitários, jornalistas, pesquisadores, integrantes do Iphan e outros interessados em história viajaram para conhecer a edificação e participar da 1ª Jornada Cultural de Forte de Coimbra.

Durante as cinco horas em que o M Parnaíba (U-17), um monitor encouraçado da Marinha do Brasil, fazia o trajeto seguindo o fluxo do Rio Paraguai em direção ao forte, foi lançado, pelo comandante, general de exército João Francisco Ferreira, o desafio da criação de um livro que contasse a história de Forte de Coimbra.

“Assumimos a responsabilidade de produzir o livro e pedimos apoio de colaboradores, dentre os quais muitos estavam participando da jornada”, afirma o coronel Robson Rodrigues de Oliveira, um dos responsáveis pela publicação. Com artigos assinados por nove autores, o livro foi finalizado e publicado em dezembro de 2013.

Além dos textos, a obra conta com uma seleção de fotografias que demonstram desde a fauna e flora que circundam o forte a fotografias que apresentam suas estruturas, além de mapas e ilustrações. No que diz respeito ao conteúdo, os textos abordam aspectos diversos: história, armas e guerra, patrimônio, relações com o exército, entre outros.

“Quando o manuseamos, percebemos que existe uma história coesa. Todos os capítulos dialogam entre si”, ressalta o coronel. De fato, ao seguir a ordem cronológica dos eventos que marcam a história do forte, tem-se a sensação de que se trata de um espaço ímpar no Estado. Segundo Robson, outra motivação para a confecção do livro foi o fato de que outros fortes também já tinham seus livros.

Experiência

Natália Leal da Silva foi uma das participantes da Jornada Cultural. Técnica em História da Superintendência do Iphan, ela aponta para a importância de se preservar a memória do espaço. “O Forte de Coimbra não é tão conhecido como poderia e, com certeza, esse livro tem tudo para mudar essa realidade”, explica Robson Rodrigues de Oliveira.S

Em seu artigo, assinado junto com Divaldo Rocha Sampaio, Natália aborda questões relacionadas à conservação do forte e sua manutenção, assim como a importância da edificação do ponto de vista patrimonial.

Forte de Coimbra é personagem principal da obra

Além dos autores já citados, “Forte de Coimbra – História e tradição” também tem entre colaboradores o professor Hildebrando Campestrini, o coronel José Francisco Mineiro Júnior, a professora Maria Teresa Garritano Dourado, o advogado Luiz Eduardo Silva Parreira, o major Airtor Hilberto Corrêa, o coronel Valdemir de Freitas Guimarães e o capitão José Lourenço Parreira.