Logo Correio do Estado

TAM vai acabar com a primeira classe em voos internacionais

TAM vai acabar com a primeira classe em voos internacionais

1 MAI 2014 • POR epocanegocios • 05h00

A companhia aérea TAM anunciou nesta quarta-feira (30/04) que deixará de oferecer assentos de Primeira Classe a partir de novembro em voos para os Estados Unidos, México e Europa (Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália). As passagens não estarão mais disponíveis para venda a partir de hoje.

A estratégia da empresa, segundo Jerome Cadier, vice-presidente de Marketing do Grupo LATAM Airlines, é aprimorar os serviços da classe executiva. As aeronaves que fazem as rotas internacionais serão reformadas para receber novos assentos na executiva, que continuará recebendo 56 passageiros, mas em lugares mais confortáveis. A nova poltrona será totalmente reclinável e terá 2,13 metros, 15% maior do que a atual. Os primeiros aviões reformados entram em operação em novembro e as trocas devem ser finalizadas até meados de 2015.

De acordo com Cadier, a mudança vem sendo estudada há pelo menos um ano. A empresa percebeu que os passageiros da Executiva buscavam cada vez mais conforto e serviço diferenciado. "A demanda da 1ª classe ficou estável nos últimos anos. Nosso pensamento foi: como levar coisas que existem na primeira classe para um número maior de pessoas? Como tornar a viagem mais interessante para mais gente?", explica.

A ideia da TAM é manter o preço da passagem na classe executiva. "Perdemos quatro assentos do avião, mas pretendemos chegar a uma maior ocupação dos assentos de executiva", diz Cadier. Ele espera que os resultados financeiros da mudança comecem a aparecer apenas no final próximo ano.

E quanto aos passageiros que gostavam da exclusividade da primeira classe? "Acho que terá aqueles que sentirão falta, mas nosso argumento é oferecer algo tão bom quanto com o preço mais acessível", afirma o executivo.

Outra novidade anunciada pela TAM nesta quarta-feira foi a criação de uma nova posição entre os comissários. A partir de 1º de novembro, nos voos internacionais operados por aeronaves de dois corredores haverá um "chefe de serviço a bordo". "Este profissional circulará pelas diferentes classes para assegurar a consistência dos serviços oferecidos", afirmou a empresa em nota.

Tendência
Segundo Cadier, existe uma tendência muita clara no mercado de tornar a classe executiva cada vez mais parecida com a primeira classe de dez anos atrás. Por isso, a extinção do serviço mais exclusivo começa a fazer sentido. "E você tem as companhias do Oriente Médio, por exemplo, que buscam uma primeira classe muito top, para voltar a diferenciá-la de uma executiva que ficou cada vez melhor."