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entrevista de emergência

Com dados em mãos, Felipão diz que 'trabalho não foi ruim'

Com dados em mãos, Felipão diz que 'trabalho não foi ruim'

9 JUL 2014 • POR FOLHAPRESS • 15h07

O técnico Luiz Felipe Scolari deu uma entrevista de emergência nesta quarta-feira (9) à tarde e saiu em defesa de tudo o que foi feito na seleção brasileira durante a Copa. Na mesa, na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), ao lado dele, estava estavam apenas os integrantes da comissão técnica da CBF.

Até então, Felipão só dava entrevista coletiva nas vésperas dos confrontos da Copa e também após as partidas.

"O trabalho não foi ruim, o resultado foi ruim", afirmou o treinador, um dia depois do Brasil levar de 7 a 1 da Alemanha pela semifinal da Copa. "A história tem que registrar que depois de 2002 foi a primeira vez que o Brasil chegou na semifinal", completou, lembrando do título de 2002 e das quedas nas quartas de final nas Copas de 2006 e 2010. "Podemos dizer que foi sofrível, mas chegamos entre os quatro melhores do mundo."

Felipão deixou claro ainda que seu contrato com a CBF vai até o jogo de sábado, disputa pelo terceiro lugar no Mundial, contra Holanda ou Argentina, que jogam nesta quarta, no Itaquerão. O treinador disse que não iria dizer, antes do final desta partida, se continuaria no cargo - Tite é o favorito para assumir o cargo.

O presidente da entidade, José Maria Marin, não estava presente na entrevista coletiva e nem o seu vice e futuro mandatário, Marco Polo Del Nero.

"Se pudesse falar com consciência o que aconteceu nos seis minutos, eu também não sei", disse Felipão, lembrando dos quatro gols que a equipe levou dos alemães. "Tivemos uma pane. Uma pane geral. Ninguém entendia. E daí a Alemanha, que é boa, tirou a oportunidade", disse.

Felipão aproveitou ainda para sair em defesa dos jogadores. Para ele, 70% deste elenco estarão na Copa de 2018, na Rússia. "Eles serão os jogadores que continuarão a trabalhar com o Brasil", afirmou

O técnico disse ainda que não conversou com os jogadores depois da goleada e lamentou o fato de ter tomado um gol de bola parada, o primeiro da Alemanha.

CHEGADA
A seleção desembarcou na base aérea do Galeão, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, sob um forte esquema de segurança que envolveu pelo menos 50 agentes do Exército, Força Nacional, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar.

Quando o ônibus da seleção passou pelo portão da base aérea, à 0h10 desta quarta-feira (9), torcedores vaiaram a equipe e acenaram com dinheiro. Gritos repetidos de "vergonha, vergonha" ecoaram diante da barreira de policiais que protegeu a delegação.