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MS reduziu em 50% a produção de mel MS reduziu em 50% a produção de mel 8 MAR 2010 • POR • 09h37

técnico do Sebrae na Região Sul, Vamilton Junior, explica o que causou tantos prejuízos para os produtores: “Primeiro foi a estiagem que começou no final de 2008. A seca provoca a morte da florada e a evacuação dos enxames, que abandonam as caixas à procura de lugar com mais alimento. Depois, vieram os longos períodos de chuva, que também são prejudiciais”. Segundo ele, a água lava o pólen das flores, e impede a abelha de sair para trabalhar. Quando finalmente chega o sol, não há nada para o inseto colher, pois foi tudo carregado pela chuva. As intensas precipitações também afetaram o transporte do produto. O presidente da Associação Brasilandense de Apicultura (ABA), Cícero Godoy, conta que não consegue beneficiar a produção porque o mal tempo tornou as estradas intransitáveis. “Não consigo transportar o mel porque os favos se quebrariam com tantos buracos”, reclama. Mesmo com estes problemas, os produtores se mostram otimistas. “O mercado de apicultura sempre esteve propício para novos investimentos”, diz o presidente da recém-criada Federação Estadual de Apicultura e Meliponicultura, médico veterinário, Gustavo Tadeu Bijos. Ele destaca que a criação de abelhas em cativeiro é uma atividade conhecida pelos baixos custos de investimento inicial e manutenção. Também é reconhecida como causadora de discreto impacto ambienta l, visto que as colmeias necessitam de pouco espaço físico e de uma flora variada para produzir mais. Buscar Alternativas O produtor Gustavo Bijos afirma que não se deve cruzar os braços, mas que realmente não há forma de evitar o prejuízo. “O produtor pode tomar algumas medidas para, pelo menos, minimizar os danos na produção. Coisas simples como estar atento à previsão do tempo podem ajudá-lo a saber quando melhorar a alimentação protéica ou quando mudar as colmeias de lugar”, destaca.