Além de herdar uma dívida a curto prazo de R$ 80 milhões, o próximo presidente do Santos terá de tocar o clube sem as receitas de TV de 2015 e parte de 2016. As cotas do ano que vem foram antecipadas para quitar salários e outras pendências. Já as de 2016 foram dadas como garantia à Doyen Sports, que emprestou o dinheiro para a contratação de Leandro Damião, em janeiro.
A revelação foi feita ao DIÁRIO por um santista que teve acesso ao contrato firmado entre o clube, a Doyen e o centroavante. O valor da negociação é de R$ 37,8 milhões, quase metade dos R$ 80 milhões aos quais o clube terá direito da TV Globo.
Os problemas do futuro presidente alvinegro não terminam por aí. Caso Damião siga na Vila Belmiro em 2016, o clube terá de gastar, apenas com juros pelo empréstimo, a quantia de R$ 3,8 milhões por temporada.
O custo anual do Santos é de R$ 120 milhões, incluindo gastos com futebol e sede social. Na temporada passada, o déficit foi de R$ 40,6 milhões, também por culpa da falta de um patrocinador principal — a camisa branca não tem um parceiro máster desde janeiro de 2013.