Tratores e escavadeiras entraram em ação nesta quinta-feira (30) no Sri Lanka para tentar encontrar as vítimas que podem estar soterradas sob a lama em uma plantação de chá, após um deslizamento de terra na quarta-feira (29).
As autoridades acreditam que cerca de cem pessoas estão soterradas, e o número de desaparecidos foi reduzido de 300 para 192. Segundo as autoridades, as possibilidades de encontrar sobreviventes são mínimas.
O acidente aconteceu por volta das 7h locais (23h de Brasília da terça-feira) em Haldummulla, no distrito de Badulla, a cerca de 200 quilômetros de Colombo, a capital do país.
Centenas de voluntários procuravam, entre toneladas de barro que desabaram das montanhas e destruíram 150 casas.
"Enviamos 200 militares como reforço, além dos 500 que já estão no local para continuar com as buscas", disse o general Mano Perera.
As operações de resgate são complicadas por causa das chuvas, que ao lado da inconsistência do solo provocaram o deslizamento.
Mais de 300 sobreviventes passaram a noite em duas escolas de Meeriyabedda, o local mais afetado pela catástrofe.
Caso haja cem mortos, como acreditam as autoridades, esta seria a mais grave tragédia no país desde o tsunami que devastou o sul da Ásia há dez anos, mas com uma quantidade de vítimas fatais muito menor: apenas no Sri Lanka a onda gigante de 2004 deixou 31.000 mortos.
Testemunhas afirmaram que ouviram um barulho similar a uma explosão de bomba no momento do deslizamento.
Várias estradas foram destruídas por inundações e um trem ficou bloqueado por outro deslizamento, que deixou as ferrovias impraticáveis.
As autoridades lançaram várias mensagens de alerta à população para que deixasse a área. A temporada de monções é importante para a irrigação e para a produção de energia elétrica no país, mas causa avalanches e inundações frequentemente.