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Política Balada chique Balada chique 12 MAR 2010 • POR • 00h46

Nem tudo é tradição no universo das debutantes. Se por um lado, existem aquelas que preferem comemorar da mesma maneira feita há décadas; por outro, a ordem é apresentar identidade própria. “As adolescentes querem fazer festas totalmente diferentes das amigas, querem uma coisa exclusiva”, enfatiza a organizadora de festas Patrícia Faracco. Nestas festas, valsa até aparece, mas sem a pompa daquelas que participam os militares da Base Aérea. “As jovens dizem que é para a valsa durar pouco tempo. Elas não deixam de dançar a valsa com o pai, mas não querem que a dança ocupe muito tempo”, aponta Patrícia. Normalmente, são festas temáticas, que recebem a denominação de “balada chique” e acontecem em espaços mais caros. São festas que os custos oscilam, em média, entre R$ 20 mil e R$100 mil. No mercado, se fala até em festas que custaram em torno de R$ 200 mil. Nas festas de debutantes mais modernas e com orçamento grande, até a alimentação recebe tratamento diferenciado. Há “ilhas” para jovens e para adultos. No primeiro, aparecem pizza e mini-hambúrger; no outro, pratos sofisticados como camarões. No caso do traje, o vestido branco não é abandonado pela aniversariante, mas no meio da festa, ele se transforma num figurino pronto para balada, isso graças a alguns truques de costura. A pr ofessora He l le n Martins conta que no aniversário de 15 anos da filha, Iná, no ano passado, um dos pontos altos foi a entrada de bateria de escola de samba cantando “Não quero dinheiro (só quero amar)”, de Tim Maia. “Foi algo diferente, que chamou muito atenção”, lembra. A filha mais nova de Hellen fará aniversário de 15 anos em setembro, mas diz que não quer festa. “Estou tentando mudar a cabeça dela”, diz Iná.