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atraso Governo terá de improvisar para manter peixes do Aquário Demora na entrega da obra torna incerto destino dos animais de empreendimento 17 DEZ 2014 • POR DA REDAÇÃO • 09h30

Sem uma data prevista para serem transferidos, os peixes que vão habitar o Aquário do Pantanal ficarão em quarentena por tempo indeterminado. As primeiras espécies começaram a chegar no final de novembro e até ontem já somavam 120. Alguns desses animais requerem cuidados especiais, como os da espécie Mato Grosso, sensível às mudanças do pH da água. Eles estão abrigados em tanques e caixas-d’água em um galpão na sede da Polícia Militar Ambiental (PMA), no Parque dos Poderes.  

O local não é ideal, já que seu futuro habitat é algum dos 24 aquários que compõem o empreendimento. Segundo o responsável pelos peixes, Geraldo Augusto, da Anambi Análise Ambiental, os cuidados que os animais estão recebendo permitem que eles fiquem bem até que seja necessário transferi-los para o Aquário. “Se eles tiverem água em bom estado, com controle diário do pH e se tiver a alimentação adequada, podem ficar aqui por tempo indeterminado”, afirmou.

Ele ressaltou, no entanto, que não é o ideal, já que toda equipe se preparou para que as espécies começassem o processo de mudança até meados de dezembro. “Nós nunca tivemos uma data, mas a gente trabalhava com uma data entre o início até meados de dezembro”, comentou, falando que hoje há condições de manter os animais onde estão por mais algum tempo. “Não podemos é correr riscos”, o que, segundo ele, ainda não aconteceu.

Ele afirmou que se houver mais atrasos, “não estamos preocupados”, já que até os peixes mais sensíveis estão em boas condições. “Fizemos todos os testes e até peixes mais sensíveis, como o Mato Grosso, que com qualquer variação da qualidade da água tem uma mortalidade alta, hoje está em ótimo estado. O objetivo é levar para o Aquário, mas se eventualmente atrasar mais do que o esperado, estamos em condições de mantê-los em quarentena”. Hoje, o galpão na PMA abriga pelo menos sete mil peixes e mais exemplares devem chegar na semana que vem quando pelo menos 15 mil estarão lá.

A reportagem, de Lucia Morel, está na edição de hoje (17) do jornal Correio do Estado.