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Cidades Helicóptero cai e 4 militares morrem Helicóptero cai e 4 militares morrem 12 MAR 2010 • POR • 06h37

Q u at r o m i l it a r e s d o Exército — capitães André Luiz Almeida dos Santos e Vinícius Viglioni Salgado, sargento Renan Moreira Orizo e cabo Rodrigo da Silva Correa — morreram na noite de quarta-feira após queda do helicóptero Fennec, na região da Nhecolândia, no Pantanal de Corumbá. As vítimas, integrantes do Destacamento do 3º Batalhão de Aviação do Exército (Bavex), participavam de treinamento denominado Operação Caburé desde segunda-feira. É o segundo acidente envolvendo helicóptero das Forças Armadas registrado neste ano em Mato Grosso do Sul. No último dia 5 de fevereiro, um modelo Bell H-1H da Força Aérea Brasileira caiu sobre veículos no pátio do Hospital Regional. Os tripulantes não ficaram feridos. Em 2009, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil, foram registrados no Estado seis acidentes aéreos. A queda do helicóptero ocorreu a cerca de três quilômetros da cabeceira da pista de pouso da Fazenda São Paulino, por volta das 21h50min. Houve fogo após a aeronave atingir o chão, segundo relataram militares que participavam do treinamento. Eram 88 integrantes no total. A Comissão de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos deve concluir o relatório apontando as causas do acidente em 30 dias. Em entrevista coletiva no fim da manhã de ontem, o comandante do CMO, genera l de Exército Renato Joaquim Ferrarezi, explicou que os militares realizavam voo noturno, modalidade exclusiva de aviões militares. A aeronave era pilotada pelos capitães André Luiz e Viglioni, que “possuíam alto nível de adestramento”. O helicóptero foi construído na década de 1980 e fazia parte da Bavex, unidade que está sendo transferida de Taubaté (SP) para a Capital. O lançamento da pedra fundamental da unidade ocorreu em setembro de 2008. Resgate Durante a manhã, integrantes do Esquadrão Pelicano da Base Aérea de Campo Grande estiveram na região do acidente. O helicóptero pousou por volta das 11h na Capital trazendo os corpos que foram levados para o Instituto de Medicina e Odontologia- Legal (IMOL). A comissão que investigará o acidente deve apontar se houve alguma falha mecânica ou humana. “Não há caixa-preta no helicóptero e não houve nenhuma comunicação de pane por parte dos tripulantes. Estava tudo normal. Também não sabemos se o acidente ocorreu na decolagem ou aterrissagem”, relatou o major Felipe Resende, que estava na fazenda participando do treinamento e chegou ontem a Campo Grande. General Ferrarezi destacou que nenhuma aeronave decola sem a certeza de que há condições totais de voo. “Não temos o objetivo de buscar culpados, mas evitar que acidentes voltem a acontecer”.