Quando pensamos em poluição ambiental, um dos principais causadores que nos vêm à cabeça são os automóveis, cujos gases poluentes emitidos pelos escapamentos desses veículos que circulam por todo o país, contribuem ainda mais para acabar com a nossa já tão abalada camada de ozônio. Além disso, quando se pensa em sair de casa, especialmente em cidades grandes, a primeira preocupação dos cidadãos, sejam eles pedestres ou motoristas, é com o trânsito. E qual a razão disso? A mesma: o excesso de veículos nas ruas.
Mas o que fazer para melhorar essa situação quando o transporte público brasileiro deixa tanto a desejar em vários aspectos, fazendo que milhares de cidadãos prefiram andar de carro (e que aqueles que não o possuem acabem comprando um, por mais difícil que seja ou por mais endividados que fiquem) a ter de enfrentar um ônibus lotado, muitas vezes atrasado, para chegar até seu emprego, seu colégio ou faculdade?
Além de enfrentar situações como essas, atualmente se corre o risco de embarcar em um ônibus e ele acabar sendo queimado por bandidos, que dão a desculpa de estarem protestando por algo – e esse algo, muitas vezes, acaba por ser a melhoria do próprio transporte público... Mas por que protestar pela melhoria dos ônibus queimando-os, se a reclamação mais frequente da população é a falta deles em circulação, causando os atrasos e excessos de lotação que tanto presenciamos ou de que tanto ouvimos falar nos jornais? Com esta atitude, quem acaba perdendo é a própria população, pois serão menos ônibus circulando.
No Brasil, uma alternativa muito utilizada pelas pessoas para evitar os atrasos e o trânsito caótico de cidades grandes é o uso dos metrôs, que, após a Copa do Mundo que ocorreu no país em julho do ano passado, melhoraram bastante. Agora é possível ir até lugares que antes só poderiam ser acessados de ônibus ou carro, o que facilitou muito a vida dos brasileiros que vivem nessas cidades.
Apesar de os metrôs terem melhorado bastante nesses últimos tempos, eles precisam melhorar ainda mais para que nosso sistema metroviário possa ser comparado ao dos países desenvolvidos ou ser reconhecido internacionalmente pela boa qualidade no serviço e, assim como na Europa, por exemplo, possa haver pessoas de classe alta deixando seus carros na garagem e utilizando esse tipo de transporte público.
Outra opção que se está espalhando pelo Brasil é o uso das bicicletas como meio de transporte alternativo. Na capital do estado de São Paulo, por exemplo, o governo municipal vem incentivando cada vez mais o uso delas por meio da construção de quilômetros de ciclovias pelas ruas, para assim tentar evitar o caos do congestionamento e da poluição. Essa iniciativa vem tendo, no entanto, uma resposta muito negativa da população, tanto no que diz respeito à aceitação quanto no que tange ao elevado número de mortes. Muitos motoristas estacionam seus carros nas ciclovias impedindo a passagem das bicicletas ou até mesmo cortam caminho através delas; pedestres caminham, sem medo, por essas passagens e comerciantes reclamam que a ciclovia impede o estacionamento de carros de fornecedores e de clientes, prejudicando as vendas de seus estabelecimentos comerciais.
Portanto vemos que há maneiras alternativas de se evitar o aumento do congestionamento, o estresse do trânsito e o agravamento da poluição do ar, porém parte da própria população não tem o interesse de contribuir utilizando esses meios, aceitando-os como transporte viável e apoiando o seu uso.