Os professores da Rede Municipal de Campo Grande não deram o braço a torcer e decidiram, em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira, manter a greve, que já dura 25 dias.
A prefeitura encaminhou ofício informando que não há condições de negociar no momento, pois já atingiu o limite de gasto com pessoal de 53,69%. A proposta foi retomar a negociação em setembro, mas a categoria rejeitou.
IMPASSE
A categoria cobra incorporação de 13,01% aos salários previsto em lei municipal. O percentual pretende integralizar piso nacional do magistério, por carga horária de 20 horas semanais.
Em contrapartida, a prefeitura sinalizou conceder reajuste escalonado de 8,5% até dezembro. Já o Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Público (ACP) condiciona o fim da greve ao pagamento dos 4,51% restantes nos meses de janeiro a março de 2016.
ENFRAQUECIDA
Conforme balanço da prefeitura, na quinta-feira (18), houve aula em 83% das 94 escolas municipais, sendo que apenas 16 estavam totalmente sem aulas.
'LADO PESSOAL'
Nesta quinta-feira (18), ao menos 12 pessoas com faixas e cartazes protestaram em frente à casa do prefeito Gilmar Olarte, que considerou o ato como “invasão de privacidade”.
CONVOCADOS
Uma das medidas que a prefeitura irá tomar para equilibrar as contas e ter condições de negociar reajuste com os professores é a demissão de docentes convocados. Os contratos de centenas de funcionários vencem dia 17 de julho e não devem ser renovados.
COMISSIONADOS
Outra das ações que a prefeitura anunciou que irá tomar é a demissão de 300 comissionados. Para juntar dinheiro em caixa, a prefeitura também vai recorrer a outras comitivas, uma delas a que reduz a jornada de trabalho dos servidores.