Enquanto a Polícia Militar e o departamento de assistência social da Prefeitura de Campo Grande não se entendem, a Vila Progresso, bairro da Capital localizado perto do Terminal Morenão, tem um cenário oposto do sugerido por seu nome. Enquanto usuários de droga tomam conta das ruas, quem mora dentro das casas se queixa da desvalorização imobiliária e pede ajuda do poder público, que pouco tem feito.
Na falta de um entendimento entre Polícia Militar e o município, pelo menos seis moradores do bairro recorreram ao Ministério Público, que só neste ano já abriu seis inquéritos civis para investigar o abandono da região. Se nada for feito para melhorar a segurança do local e dar um destino aos usuários de droga, prefeitura e Estado podem ser alvo de ação civil pública.
De acordo com a promotora de Justiça de Direitos Humanos, Jaceguara Dantas da Silva Passos, o município deveria oferecer acolhimento e serviços destinados à recuperação de moradores de rua e dependentes químicos que se abrigam na região, cerca de 150.
*A reportagem, de Anny Malagolini, está na edição de hoje do Jornal Correio do Estado.