O Egito realizou o primeiro teste do Novo Canal de Suez, via marítima construída para tentar intensificar o comércio na região e fortalecer a economia do país, combalida pelos numerosos conflitos civis e trocas de governo que começaram em 2011.
Neste sábado (25), três navios cargueiros -um americano, um dinamarquês e um saudita- cruzaram o canal para testar a obra que durou 11 meses e custou US$ 8 bilhões.
"Este foi o primeiro teste, mas haverá outros", afirmou o político Mohab Mameesh, que liderou o projeto. "Estamos 99,2% prontos. Devemos terminar tudo em dois ou três dias". A data prevista de inauguração da obra é 6 de agosto.
Na prática, o novo canal é como uma segunda "pista" do Canal de Suez, que, construído há 145 anos, é um das principais rotas de comércio entre Europa e Ásia.
A expansão deve permitir a navegação em mão dupla de navios de grande porte e reduzir o tempo de trânsito no canal pela metade, de 22 horas para 11 horas. O governo egípcio espera que a mudança faça o canal gerar US$ 15 bilhões de receitas até 2023 -hoje, movimenta cerca de US$ 5 bilhões.
Segundo a agência Reuters, os testes foram realizados sob a escolta de helicópteros e com forte presença de forças de segurança -desde 2013, um conflito com insurgentes na Península do Sinai deixou centenas de mortos nas proximidades do canal.