Mesmo com a abertura de dez processos seletivos apenas neste ano, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) não conseguiu suprir o déficit de médicos nas unidades de Campo Grande. Em 2015, foram registradas cerca de 300 deixaram o serviço público, pedidos de exoneração e até óbitos, entre profissionais que pediram exoneração e os que não renovaram contratos. Com isto, o atendimento à população está comprometido e chega a não ser realizado em determinados horários.
Conforme a Sesau, o ideal seria que 1.200 médicos estivessem atuando nas 82 unidades de saúde da Capital. Porém, com as demissões o quadro está 25% menor, com cerca de 900 profissionais disponíveis para atendimento.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed-MS) Valdir Shigueiro Siroma, a situação se agravou depois dos 15 dias de greve, ocorridos no mês de maio. A entidade afirma que antes da paralisação cerca de 1.400 médicos, 706 concursados e 638 contratados, atuavam no município. Insatisfeitos, mais de 200 profissionais convocados não renovaram os contratos e mais de 20 entram com pedido de exoneração.
(*) A reportagem, de Tainá Jara, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.