As finanças da prefeitura de Campo Grande caíram a um nível anômalo e beira a um colapso financeiro, uma espécie de falência, advertiu ontem o secretário-adjunto de Planejamento, Finanças e Controle, a Seplanfic, Ivan Jorge.
Sem pagar desde maio pelos serviços de ao menos dez empreiteiras, a concessionária que cuida da coleta de lixo da cidade e outros prestadores de serviço, como fornecedores de combustíveis e aos que zelam pela manutenção dos veículos, a conta do município alcançou a soma de R$ 62,1 milhões.
Só para se ter ideia do drama financeiro da prefeitura: por mês, a arrecadação própria da município, como Imposto Sobre Serviços, o ISS e Imposto Sobre Circulação do Mercadoria, o IPTU, gira em torno R$ 85 milhões a R$ 90 milhões.
Trocando em miúdos: a dívida em questão equivale a 60% do ganho mensal do município.
“Virou uma bola de neve [dívidas], a situação chegou num ponto insustentável, num ponto de agravo que se não encontrarmos uma solução, é a falência do município, colapso financeiro”, bradou Ivan Jorge.
* A reportagem, de Celso Bejarano, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado