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SOCIEDADE CRIMINOSA Esquema furtava e vendia motos pela internet a partir de R$ 600 Grupo é apontado como autor do furto de mais de 100 motos, do modelo Biz 20 AGO 2015 • POR LAURA HOLSBACK • 11h05

Quadrilha especializada em furto e venda de motocicletas, exclusivamente do modelo Biz, foi desarticulada em investigação na Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (Defurv). As negociações eram feitas pela internet, segundo a polícia.

Quatro integrantes do bando foram presos: Tratam-se de Tony Pereira Soares de Andrade, 37 anos, apontado como articulador da sociedade criminosa. Segundo a polícia, ele também agia diretamente nos furtos e adulterava as motos, alterando chassi e fixando placas frias; Lindomar Andrade da Silva, 34, que oferecia suporte logístico, junto com André Luiz José de Souza, 25. Ambos levavam Tony até os locais onde furtos eram cometidos e o quarto integrante é Júnior Francisco Farias, 24 anos. Ele seria o responsável pela venda direta das motos, por meio de anúncios em sites de compra e venda.

De acordo com o delegado Gustavo Ferraris, adjunto da delegacia especializada, o bando começou a ser investigado na segunda-feira (17), a partir de denúncia. “Umas das vítimas havia comprado uma moto anunciada na internet e suspeitou da negociação. Decidiu nos procurar e, ao vistoriarmos a Biz, identificamos que estava com chassi alterado e placas frias. O grupo foi desmanchado a partir da prisão de Júnior, ainda na segunda-feira. Ele estava com uma das motos furtadas em casa e foi preso em flagrante”, pontuou a autoridade policial.

Conforme Ferraris, Tony foi apontado como comparsa pelo primeiro preso, e, levado à delegacia, revelou o esquema, entregando, ainda, a participação de Lindomar e André.

SOCIEDADE

Tony relatou que agiam em sociedade há cerca de três anos e neste período furtaram e venderam, pelo menos, 100 motocicletas Biz, por valores que variavam entre R$ 600 e R$ 1,3 mil.

Sobre a preferência do tipo de veículos, Tony foi enfático: “É mais fácil de levar e vender”, confessou. Ele ainda disse que agia sempre nas proximidades de instituições de ensino. Na maior parte das vezes, perto da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).

Com o dinheiro da venda de motos furtadas, o grupo ostentava vida de “farra”. “Não era para comprar drogas. Bancava festas. Churrasco cerveja”, destacou o chefe do esquema, Tony.

CRIMES

Segundo o delegado, quatro motos foram recuperadas. Espera-se com a divulgação da imagem dos presos que pessoas envolvidas na transação ilícita apareçam para fazer devoluções, senão, poderão, até, responder por receptação.

Ferraris ainda destaca que os quatro foram presos em flagrante em decorrência da moto furtada que foi apreendida na casa de Júnior. O grupo responderá por associação criminosa, furto qualificado, adulteração de sinal de veículo automotor e receptação.

Exceto Júnior, todos tinham passagens pela polícia, segundo o delegado.