Grupo de observadores que integra a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), viaja nesta segunda-feira (31) para o município de Antônio João para acompanhar o conflito entre indígenas e produtores rurais.
Em nota no site da instituição, a ordem ressalta ser indispensável a intervenção do Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça, para solucionar o conflito, e não relata quantas pessoas da equipe seguem com destino à cidade.
CONFLITO
Há 10 anos, em 2005, o Governo Federal homologou parte das propriedades rurais da cidade como terra indígena. A partir daí, houve série de cobranças por parte dos índios para que a área fosse demarcada, no entanto, nada foi feito.
Nos dias 21 e 22, indígenas invadiram fazendas e fizeram famílias de produtores reféns. Na quarta-feira (26), o clima ficou ainda mais tenso e produtores rurais bloquearam estradas que dão acesso à cidade em forma de protesto. As rodovias foram liberadas durante a noite.
No dia seguinte, a situação era menos tensa na região, mas a invasão continuava e policiais do DOF fizeram a segurança para evitar confrontos entre indígenas e fazendeiros.
No sábado (29), Semião Fernandes Vilhalva, 24 anos, da etinia Guarani-Kaiowá, foi morto com tiro na cabeça. A polícia apura se o disparo foi feito por fazendeiros ou até mesmo por indígenas. Cinco fazendas estão ocupadas.
Hoje (31) acontece reunião entre representantes da Polícia Federal, Exército e forças de segurança estaduais para debater a questão.