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Diz advogado Interditado, curtume continua funcionando para evitar dano ambiental Dois funcionários morreram no curtume e bombeiro interditou local por falta de alvará 31 AGO 2015 • POR Glaucea Vaccari e Tainá Jara • 18h36

Interditado depois da morte de dois funcionários, o curtume Qually Peles continuou funcionando nesta segunda-feira (31) devido a possibilidade de dano ambiental, segundo disse ao Correio do Estado o advogado que representa a empresa, Arlindo Murilo Muniz.

De acordo com o advogado que representa o curtume, couros estão sendo processados e poderiam apodrecer caso a atividade fosse interrompida e o descarte causaria o dano. O processo deve levar 48 horas para ser concluído e o curtume será fechado depois do término da atividade. 

Conforme a assessoria do Corpo de Bombeiros, a interdição não está relacionada ao acidente, mas à falta do certificado de vistoria, que deve ser emitido pela corporação.

O advogado do curtume informou que não há irregularidade e que todas as exigências foram cumpridas. Conforme ele, o problema é que o certificado de vistoria do Corpo de Bombeiros é provisório e não definitivo.

MORTES

Dois funcionários morreram e outros dois ficaram feridos depois do acidente que ocorreu por volta das 10h30 deste domingo (30) em um tanque de resíduos, onde a água do curtume é tratada. Segundo relatos de trabalhadores, os quatro teriam caído dentro do local.

Uma vítima foi retirada pelos funcionários, mas já estava morta e outro morreu dentro do tanque. Outros dois também foram retirados, um teve ferimentos graves e foi socorrido por equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

O rapaz precisou ser “entubado” e foi levado até a Santa Casa, ele continua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital nesta segunda-feira.

Muniz disse ainda que não há informações sobre as causas do acidente e a empresa aguarda o resultado da perícia, mas que está prestando todo o auxílio para a família.