Os vereadores que estão sendo chamados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga os indícios de corrupção passiva, ativa e tráfico de influência no processo de cassação do mandato do prefeito Alcides Bernal, conhecida como Operação Coffee Break, afirmam que a divulgação dos seus nomes mancha a carreira política e pode refletir nas urnas nas eleições do ano que vem.
Para Chocolate (PP) o trabalho vai começar do zero. “A forma que saiu na mídia ficou chato. Parecia que tínhamos sido presos. Mas tudo começa do zero. As pessoas que confiam em mim e me conhecem sabem que eu não faria isso. O que existe é um boato, apenas”, ressaltou. Apesar de afirmar estar sendo bem recebido nas ruas, as redes sociais se tornaram palco de ofensas ao vereador. “Ninguém me apontou o dedo pessoalmente, nas visitas que eu fiz desde então. Mas no facebook sou chamado de tudo quanto é nome. Isso é comum para uma pessoa pública, que sempre está sendo observada. O que importa é que minha consciência está tranquila”.
O vereador afirma que no depoimento prestado ao Gaeco houve sim reuniões entre os demais parlamentares, mas algo considerado comum na Casa de Leis. “As reuniões que fizemos foram normais. Inclusive o promotor perguntou se eu deixava quebrar meu sigilo bancário e eu liberei”. O mesmo foi feito pelo vereador Carlão (PSB), que autorizou o acesso do Gaeco nas suas contas. “Eles vão ver que desde 2009 eu uso meu limite e minha conta está no negativo. Não ganhei nada de ninguém e não falo com João Amorim Há mais de dez anos. Eu defini meu voto no dia e só fui chamado porque falaram meu nome nas escutas telefônicas”.
(*) A reportagem de Gabriela Couto está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.