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FIFA Proposta de reforma da Fifa tem a divulgação de salário dos cartolas Scala pede padrões mais elevados de governança nos níveis de confederações 10 SET 2015 • POR FOLHAPRESS • 16h46

A Fifa divulgou, nesta quinta (10), um relatório que tentará servir de apoio às mudanças que o Comitê de Reforma, que é independente da entidade, deve sugerir até fevereiro de 2016. Nesta data será eleito o novo presidente.

O documento, assinado pelo suíço Domenico Scala, presidente do Comitê de Auditoria e Conformidade da Fifa, traz pontos que já foram abordados pelo advogado François Carrard, também suíço, e que lidera a reforma.

Inicialmente, era Scala quem seria o chefe de todo o processo de mudanças, mas sua proximidade com os cartolas da Fifa e com o presidente Joseph Blatter fez com que patrocinadores da entidade pressionassem por um nome neutro, no caso, Carrard. Mesmo assim, Scala finalizou seu trabalho e divulgou o resultado.

Entre os principais pontos de reforma apontados por Scala, estão alguns que Carrard vê como essencial, como limitação de mandato do cartolas, divulgação do salário e a criação de mecanismos que impeçam que pessoas com problemas na Justiça assumam cargos na entidade.

Os pontos abordados no documento, que são apenas sugestões para que o Comitê de Reforma possa trabalhar, são:
- Divulgação de remunerações dos dirigentes
- Melhor controle da integridade de membros de comitês e diretores
- Limite de mandato
- Escolha dos membros do comitê executivo por meio do Congresso da entidade, com todas os filiados votando, e não por indicação das confederações.
- Redução e maior independência dos comitês
- Padrões mais elevados de governança nos níveis de confederações e associações
A Fifa atravessa a maior crise da história, a prisão de cartolas acusados de receber propinas para fechar acordos comerciais.
A investigação feita pela Justiça dos EUA levou o presidente Joseph Blatter a anunciar que renunciará e convocar novas eleições, que serão realizadas em 26 de fevereiro de 2016.