Para evitar repercussões sobre gastos em ano de ajuste fiscal, o Senado cancelou a visita oficial que faria à China entre os dias 16 e 30 de setembro.
Ao todo, nove senadores comporiam a comitiva ao país asiático: o presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Humberto Costa (PT-PE), Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM), Jader Barbalho (PMDB-PA), Valdir Raupp (PMDB-RR) e Roberto Rocha (PSB-MA).
A decisão de cancelar a viagem ocorreu na quarta-feira (9) à noite, após a Folha de S.Paulo revelar que, no ano que o governo corta gastos para tentar ajustar o orçamento, o Senado reajustou o valor do contrato de aluguel dos veículos dos senadores, que serão todos trocados, com dois anos de uso, por modelos zero quilômetro.
Na reunião que decidiu pelo adiamento, Renan argumentou, segundo interlocutores, que "o Senado apanharia muito com uma viagem de duas semanas em época de ajuste fiscal".
Uma busca em sites de passagens aéreas mostrou que, só com a ida e a volta, o gasto não seria menor que US$ 6,7 mil. Com a cotação desta sexta (11) em torno de R$ 3,8, por volta das 15h, o custo só com o translado não ficaria por menos de R$ 25 mil.