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Usina de Tucuruí Preso na Lava Jato, executivo era amigo e empregou Delcídio José Antunes Sobrinho é um dos donos da empreiteira Engevix 21 SET 2015 • POR ALINY MARY DIAS • 08h45

Preso nesta segunda-feira (21) na nova fase da Operação Lava Jato, um dos donos da empreiteira Engevix, José Antunes Sobrinho, foi responsável por doações vultosas a Delcídio do Amaral (PT) durante campanha eleitoral e, inclusive, empregou o petista. O senador atuou como primeiro superintendente da Usina de Tucuruí, no Pará, construída pela empreiteira envolvida no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.

A construção da Usina de Tucuruí foi um dos grandes projetos tocados pela empreiteira de José Antunes, o Turco. A construção começou em 1976 e foi finalizada em 1984. O valor total da obra ultrapassou os 8 bilhões de dólares.

Delcídio fez parte do quadro de funcionários da Usina, com ligação aos mandatários da empreiteira Engevix, quando atuou na supervisão da construção e montagem da usina, nos anos 1990.

DOAÇÕES

Além de ter ligação com a usina, o senador também tinha relações estreitas com o executivo Antunes Sobrinho, preso hoje. Os dois foram flagrados por diversas vezes juntos em eventos sociais.

Na campanha de 2006 ao Governo de Mato Grosso do Sul, o Turco, em nome da Engevix, fez doação de R$ 200 mil a Delcídio.

LAVA JATO

Preso hoje, Sobrinho é investigado por ter pago R$ 140 milhões de propina da empresa para a Eletronuclear. Antunes foi preso em casa, em Florianópolis. O executivo já é réu da Lava Jato e responde pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Ele foi condenado na mesma ação que envolve o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

O ex-ministro responde pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro.

De acordo com a PF, os trabalhos desta etapa são considerados avanços das etapas anteriores. Um dos focos, relacionado à 15ª, investiga um denunciado e empreiteiras já investigadas na operação.