O indígena Miguel Brites, 59 anos, morreu depois de ser atropelado por um caminhão na tarde desta terça-feira (22) no anel viário em Dourados, entre o bairro Monte Carlo e a aldeia Bororó, distante 225 km da Capital. Depois do acidente, indígenas bloquearam a rodovia em protesto.
De acordo com o site Dourados Agora, Brites estava de bicicleta e, quando cruzava a rodovia, foi atingido pelo caminhão, carregado com pedra brita. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao Hospital da Vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
O condutor do caminhão foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil para prestar esclarecimentos e o veículo foi retidos por indígenas da aldeia, que também bloquearam a rodovia com galhos e troncos de árvores.
Os indígenas afirmam que muita gente morreu em acidentes no trecho da rodovia, conhecida como perimetral da morte. O indígena Aderson Machado disse à reportagem do site que o trecho ficará fechado por tempo indeterminado.
A comunidade já pediu, em 2014, redutores de velocidade no local ao ex-governador André Puccinelli. Porém, segundo Machado, foi colocado apenas um sistema de sonorizadores, dispositivo que provoca um ruído quando o veículo passa sobre ele, alertando o condutor sobre uma situação atípica à frente.
Três indígenas morreram na rodovia entre 2014 e 2015. Os indígenas pedem quebra-molas para passagens de pedestres ou redutores de velocidade adequados. Equipes da Polícia Militar Rodoviária acompanham o bloqueio.