Aposentada de 70 anos foi torturada durante a madrugada desta quinta-feira (8) ao ter a residência invadida por dois assaltantes encapuzados. Bandidos a machucaram utilizando faca e jogaram álcool em seu corpo, ameaçando atear fogo. O crime aconteceu na Vila Piratininga, em Campo Grande.
Filho da idosa, um comerciante de 43 anos, contou que a mãe mora sozinha. Ela foi dormir por volta das 22h de quarta-feira (7) e acordou horas depois com dois criminosos encapuzados que anunciaram assalto. A vítima teve mãos e pés amarrados e foi torturada por bandidos que exigiram dinheiro e passavam a faca pelo corpo da moradora.
Os marginais sabiam que a moradora tinha dinheiro em casa porque viajaria nesta sexta-feira (9). Eles subtraíram do local R$ 3 mil, bolsa com documentos e cartões de crédito da vítima, além de dois aparelhos televisores. Também rasgaram todo o sofá porque acreditavam que o dinheiro estivesse escondido no móvel.
A vítima foi socorrida por volta das 6h de hoje, quando gritou e recebeu ajuda de uma vizinha. A testemunha avisou familiares e acionou equipe do Corpo de Bombeiros. Aposentada, que apresentava hematomas pelo corpo, foi encaminhada para a Santa Casa.
A residência tem cerca elétrica e aparentemente é segura. A suspeita é de que os bandidos utilizaram uma chave mixa para abrir o portão e a porta da sala porque não havia sinais de arrombamento.
Nas proximidades há câmeras de segurança e a polícia deve solicitar as imagens. O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Piratininga como roubo majorado pela restrição da liberdade da vítima.
SUSPEITA
Durante o assalto, um dos criminosos disse que sabia que uma das noras da idosa tinha R$ 400 mil em conta bancária. Um dos bandidos chamou o outro pelo nome e a família suspeita que possa se tratar de ex-funcionário da banca do Mercado Municipal, que pertence a nora da vítima.
O filho disse à polícia que a alguns anos sua mãe reformou a casa e em seguida viajou. Quando retornou percebeu que furtaram do local dinheiro e uma televisão. O meio utilizado para invadir o imóvel, segundo a família, foi o mesmo utilizado no crime desta madrugada.
Um genro da aposentada reclamou da insegurança.“Não tem polícia, só bandido. A população precisa ter como se defender, sou a favor da liberação de armas”, opinou.
NÚMEROS DA VIOLÊNCIA
Do começo do ano até o começo da manhã desta quinta-feira (8), ocorrem 4.932 roubos em Campo Grande. O número representa média de 17 crimes por dia, segundo dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de Mato Grosso do Sul.