A Feira Internacional de Ciências e Engenharia (Intel Isef, sigla em inglês), nos Estados Unidos, teve a participação neste ano de seis estudantes do ensino médio de Mato Grosso do Sul. Eduardo, Pedro, Lucas, Mariana, Bruna e Luiz Fernando desenvolveram projetos científicos que terminaram selecionados para o evento, que ocorreu em maio deste ano.
A divulgação dos prêmios só aconteceu nesta sexta-feira (23).
A Intel Isef é a maior feira para estudantes que não chegaram à faculdade e reúne mais de 1,6 mil jovens cientistas de todo o mundo. Participam representantes de 50 nações.
Os estudantes desenvolveram seus trabalhos pelo Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e antes de conseguirem a aprovação para irem aos EUA, precisaram superar as seleções feitas na Fetec (Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de MS) e na Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia).
Eduardo da Silva Campos e Pedro Otávio, de Campo Grande, ganharam o Prêmio Intel International Science and Engineering Fair – Intel Isef 2015 com o projeto Agri-Weather: Soluções Meteorológicas para o Agronegócio. Os estudantes desenvolveram uma micro estação meteorológica para a comunidade utilizando banco de dados que pode ser acessado, por exemplo, por celular.
Mariana da Silva Chermont e Bruna Luzia Almeida Rodrigues, de Nova Andradina, levaram o projeto AutoGuardian: monitoramento e análise de dados automobilísticos para simulação de sinistros. O sistema seria como uma caixa-preta em veículos para fornecer diferentes dados no caso de um acidente.
“O AutoGuardian foi reconhecido! Vocês conseguem sentir a emoção?”, disse Mariana, via assessoria de imprensa.
Luiz Fernando da Silva Borges, de Aquidauana, desenvolveu um termociclador de baixo custo para amplificação de DNA. Um termociclador usado hoje não sai por menos de R$ 30 mil. Luiz Fernando propôs um protótipo de apenas R$ 900 utilizando peças de baixo custo.
Outros dois prêmios foram garantidos para os alunos Pedro Otávio e Lucas Moraes. Ele tiveram reconhecimento da associação meteorológica americana. Já Luiz Fernando foi premiado pela OAS (Organização dos Estados Americanos), concorrendo entre os cinco melhores projetos científicos das Américas.
Os jurados da Intel Isef avaliam a capacidade criativa e pensamento científico, rigor, competência e clareza mostrada nos projetos dos estudantes participantes. Cientistas de renome internacional, inclusive ganhadores de Prêmio Nobel, fazem as avaliações.
“Vinte e dois pesquisadores virão para cá, inclusive para estudar esse ‘fenômeno’ que vem acontecendo por aqui. Estão todos curiosos em conhecer esse celeiro de talentos que se tornou Mato Grosso do Sul”, contou o diretor do IFMS, Ivo Leite Filho.