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Compra de votos Depois de afastamentos, apreensões e 100 dias, Coffee Break termina hoje Operação foi iniciada no dia 25 de agosto para apurar compra de votos de vereadores 4 DEZ 2015 • POR ALINY MARY DIAS • 09h45

Termina nesta sexta-feira (4), depois de uma investigação que durou 100 dias, a Operação Coffee Break comandada pelo Grupo de Atuação e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). A investigação teve como objetivo apurar envolvimento de vereadores e empresários em suposta compra de votos que terminou na cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), em março do ano passado.

De acordo com a assessoria do Gaeco, o relatório final com toda a investigação será repassado hoje ao procurador-geral de Justiça, Humberto Brittes. Ninguém do Gaeco quis falar sobre o fim das investigações.

A operação foi deflagrada no dia 25 de agosto, um dia antes do aniversário de Campo Grande, e culminou no afastamento de Gilmar Olarte (PP) e Mário César (PMDB), dos cargos de prefeito e presidente da Câmara.

Toda a investigação teve início durante a apuração de outra operação, a Lama Asfáltica. Nessa primeira operação - que investigava superfaturamento em licitações do Governo do Estado, que sempre tinham como vencedoras empresas ligadas ao empresário João Amorim - conversas gravadas com autorização judicial chamaram atenção do Gaeco.

Durante a análise de escutas, o Gaeco identificou conversas que levantaram suspeitas de ter havido compra de votos, por parte de João Amorim e do próprio Gilmar Olarte, que na época era vice-prefeito, para que Bernal fosse retirado do comando da cidade.

Além do afastamento de Olarte e Mário César, a operação também contou com apreensão de celulares de oito vereadores e empresários e a ida deles ao Gaeco para prestar depoimento, as conversas e ligações passaram por perícia que contaram com ajuda de equipamentos e profissionais da Polícia Civil.