O empresário de Campo Grande detido por crime de causar poluição foi liberado na tarde desta terça-feira (15) ao pagar fiança de R$ 2 mil.
Ele foi preso pela Polícia Civil durante operação que vistoriava imóveis com presença de focos do mosquito Aedes aegypti. Agentes de saúde e guardas civis municipais também reforçaram a ação que começou na manhã desta terça-feira em locais identificados como críticos.
O delegado da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista (Decat), Wilton Vilas Boas de Paula, explicou que o empresário responderá a inquérito que pode resultar, ao ser apresentado à Justiça, em pena de um a quatro anos de reclusão.
"É preciso dar um choque de ação. Houve a prisão porque a pessoa recebeu duas notificações sobre a situação e mantinha em um terreno ao lado da empresa um depósito onde havia engradados e lonas", afirmou o titular da especializada. No terreno foi identificada larvas do mosquito, que pode transmitir a dengue, chikungunya e agora zika vírus, que está ligada à ocorrência de microcefalia em bebês.
Como houve o flagrante, havia provas e ele já tinha sido notificado para limpar a área, o comerciante foi autuado na modalidade dolosa do crime de causar poluição. "Cada caso será analisado. As pessoas precisam ter consciência, mas também atitude. Todo mundo sabe que água parada causa problema, agora precisa agir", apontou o delegado.
Ele explicou que os policiais da Decat ficarão de prontidão para outras ocorrências e disse que denúncias sobre focos do mosquito ou de pessoas jogando lixo em áreas desocupadas podem ser feitas à delegacia pelo telefone (67) 3325-2567, de segunda a sexta, das 8h00 às 18h00.
Fotos e filmagens podem servir de provas no inquérito para auxiliar a Polícia Civil a realizar outros flagrantes e até mesmo prisões.