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Proteção Governo estadual garante que não faltará vacina, apesar de mudanças no calendário Ministério da Saúde mudou procedimento de aplicação de proteção contra HPV, pólio e meningite 30 JAN 2016 • POR RODOLFO CÉSAR • 15h34

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou nota afirmando que não haverá falta de vacina neste ano por conta de recentes alterações da União. Havia temor sobre essa deficiência com a mudança no calendário para 2016, promovida pelo Ministério da Saúde, que diminuiu o número de alguns tipos de proteção a serem aplicadas em crianças.

A gerente técnica da SES, Kátia Mongenot, explicou que ninguém deixará de ser imunizado devido às mudanças. As proteções aplicadas são para HPV, pólio e meningite.

“Estudos demonstram que um número diferente de doses das que vinham sendo aplicadas são suficientes para a imunização. Um exemplo é a vacina contra o HPV, que agora será feita em duas doses. Todas essas mudanças anunciadas pelo Ministério da Saúde estão sendo feitas com base em estudos e a população pode ficar tranquila”, disse Mongenot, via assessoria de imprensa.

Para orientar as prefeituras sobre essas novidades, a SES promoveu reunião com as equipes técnicas. "Dentre as mudanças estão alteração de doses de reforço para vacinas infantis contra meningite e pneumonia, esquema vacinal da poliomielite e a dispensa da terceira dose da vacina de papiloma vírus humano (HPV)", informou nota do governo do Estado.

NOVO MÉTODO

As doses da vacina HPV, aplicadas em meninas de 9 a 14 anos, eram realizadas em três etapas. Com a nova medida, agora serão duas. Essa segunda dose será feita seis meses após a primeira.

A justificativa apresentada para essa alteração no cronograma é porque novos estudos identificaram que a resposta de anticorpos com duas doses em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não foi inferior ao de três doses, quando aplicadas em mulheres de 15 a 25 anos.

Mantém-se inalterado o calendário para quem tem HIV e deve ser vacinada entre 9 e 26 anos.

EM BEBÊS

As crianças com menos de 1 ano agora receberão duas doses, aos 2 e 4 meses, da vacina pneumocócica 10 valente para pneumonia. O reforço será dado aos 12 meses, podendo ser adiada até os 4 anos.

"Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço", garantiu nota do governo do Estado.

POLIOMIELITE

A mudança na vacina da pólio está relacionada a aplicação injetável, ao invés da gotinha, como era conhecida. Essa nova metodologia refere-se às três doses, dadas aos 2, 4 e 6 meses de vida do bebê.

Essa nova forma de ser administrada está relacionada, de acordo com o Ministério da Saúde, ao fato ligado à erradicação mundial da paralisia infantil. No Brasil, por exemplo, o último caso foi registrado em 1989.

O reforço, administrado aos 15 meses e depois anualmente durante a campanha nacional para crianças até os 4 anos, continuará sendo por via oral.

MENINGITE

As crianças terão de tomar a vacina meningogócica C (conjugada) aos 12 meses, e não mais aos 15 meses. "As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses", informou a Secretaria de Estado de Saúde.