Mãe de uma menina de 10 anos com altas habilidades, a pesquisadora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Fabiana Villa Alves afirma que veio para Campo Grande em razão do Núcleo de Atividades de Altas Habilidade/Supertodação (NAAH/S). A família, natural de Piracicaba, interior de São Paulo, passou por Cuiabá antes de chegar ao Estado. “Não conseguimos encontrar nenhum centro especializado em crianças com altas habilidades no local onde vivíamos. Um dia, nos falaram sobre o núcleo de Campo Grande e acabamos descobrindo que ele era referência nessa questão”, conta Fabiana, referindo-se ao motivo que a trouxe para Mato Grosso do Sul. A mãe conta que, desde recém- nascida, a filha já apresentava comportamento diferenciado. “Ela era precoce. Com dois anos, agia como se tivesse quatro. Tive de matriculá- la três vezes no Jardim III, pois era o mais avançado que ela poderia cursar com a idade que tinha”, lembra. A busca por psicólogos e escolas para a filha sempre foi angustiante. “Diziam que ela tinha problemas mentais, que não se adaptava e que era rebelde por não respeitar os professores. Houve muita dificuldade até encontrar alguém que encarasse o fato de que ela era uma menina com grande desenvolvimento intelectual”, detalha Fabiana. Atualmente, a mãe montou, com outros pais, a Associação de Pais e Amigos da Pessoa com Superdotação (Apapes), que atua com o NAAH/ S. “Tentamos conseguir parcerias e recursos extras para realização de atividades no núcleo. Uma das últimas conquistas que tivemos foi com o curso de Química da UFMS. Os alunos poderão fazer estágio com as crianças e adolescentes do núcleo”, comemora. (TA)