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EM CAMPO GRANDE Bolsonaro defende redução de reservas e dispara contra "parte podre da Igreja" Deputado está na Capital para lançamento de campanha de coronel David 10 JUN 2016 • POR KLEBER CLAJUS • 12h16

Diante do que considera “interesses escusos”, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) defendeu a redução de reservas indígenas durante sua passagem por Campo Grande. Ele participou, hoje, de evento do pré-candidato a prefeitura e deputado estadual Carlos Alberto David dos Santos, o coronel David.

“Há interesses escusos [nas demarcações]. Eles atacam buscando inviabilizar o agronegócio. Índios não querem latifúndios. Se depender de mim, essa política unilateral de demarcar terra indígena por parte do Executivo vai deixar de existir. A reserva que puder diminuir, eu farei”, pontuou Bolsonaro, ao Portal Correio do Estado, em referência a conflitos agrários no Estado.

Sobre a atuação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), investigado por comissão de inquérito na Assembleia Legislativa, o deputado fluminense classificou a instituição como “parte podre da Igreja Católica”.

“Não podemos deixar desamparados, especificamente em Antônio João, gente que tem a titularidade da terra de 200 anos simplesmente ser tomadas por grupos indígenas que são insuflados pelo Cimi, pela [Conferência Nacional dos Bispos do Brasil] CNBB. Não brigo com os católicos, mas com os comandantes deles”, opinou.

Em relatório da CPI do Cimi, finalizado em maio, se imputou ao conselho uso de financiamento internacional para as chamadas “retomadas” de áreas rurais privadas e de táticas de guerrilha na invasão e reintegração de posse da Fazenda Buriti, em Sidrolândia, há três anos. Nesta ocasião, a resistência resultou na morte do indígena Oziel Gabriel.

Confira a entrevista do deputado: