A bomba caseira que explodiu nas mãos de vigilante na madrugada de sábado passado na unidade II da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) havia sido encontrada três dias antes, dentro do campus, e guardada no local. A revelação foi feita ontem pelo delegado do 1º DP, João Alves de Queiroz, que comanda as investigações sobre a origem e o autor do artefato que causou mutilação nas mãos do vigilante Jéferson Barbosa Sanchez, de 29 anos. Ele continua internado num hospital de Dourados, tendo sido submetido a uma cirurgia bem-sucedida de reconstituição de uma orelha. Na segunda-feira, o delegado ouviu o vigilante, no hospital, sobre o episódio. Jéferson contou que um colega seu havia encontrado o pacote e guardado. Na noite de sábado, ele retirou o embrulho de um armário e o levou para a área da piscina, que é afastada dos prédios. Ele puxou um barbante (pavio) e acendeu a bomba, para ver se explodia mesmo, segundo contou Queiroz, com base no depoimento do vigilante. Mesmo sendo de fabricação artesanal, a detonação da pólvora foi forte, causando lesões nas suas mãos, dedos, no peito, barriga e no pescoço. Um agente civil se encontra trabalhando no campus da UFGD, a 12 quilômetros de Dourados, buscando provas do autor da bomba. O delegado afirmou ontem que “é muito cedo para se falar em atentado. Precisamos investigar mais, levantar mais dados”. Somente se for um ato criminoso, a Polícia Federal entrará no caso, por isso, por enquanto, o inquérito está no 1º DP.