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LAMA ASFÁLTICA Sem falar com a imprensa, empresário e ex-secretário de obras deixam a prisão Ministro do STF concedeu liminar que libertou acusados 22 JUN 2016 • POR GABRIEL MAYMONE E GLAUCEA VACCARI • 00h32

À 0h20min  de hoje Edson Giroto, João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Flávio Henrique Garcia Scrocchio e Wilson Roberto Mariano deixaram o Centro de Triagem, no complexo penitenciário de Campo Grande.  Eles são acusados de integrar esquema para desviar recursos públicos e foram presos durante a Operação Fazendas de Lama, no contexto da Lama Asfáltica, da Polícia Federal.

Ao deixar a cela a qual permaneceram por 42 dias, nenhum deles deu declaração para a imprensa. Os advogados disseram apenas que, primeiro, iam conversar com seus clientes.

LIBERDADE

A decisão que garantiu a liberdade dos acusados foi dada ontem à tarde pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio de Mello.

As defesas dos investigados alegaram que os clientes precisavam aguardar em liberdade a tramitação do processo seguindo o princípio da presunção de inocência.

OPERAÇÃO

A segunda fase da Operação Lama Asfáltica, denominada Fazendas de Lama, foi deflagrada em 10 de maio. Foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária, que depois foram convertidos em preventiva para alguns dos investigados.

Estão presos há exatos 42 dias em regime fechado Edson Giroto, João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Flávio Henrique Garcia Scrocchio e Wilson Roberto Mariano.

Já tinham recebido o benefício de prisão domiciliar Ana Paula Amorim Dolzan, Elza Cristina Araújo dos Santos, Rachel Rosana de Jesus Portela Giroto e Mariane Mariano de Oliveira Dornellas. Elas também deixarão o regime de prisão a que estavam submetidas.

Denúncia do Ministério Público Federal feita à Justiça identificou 13 pessoas acusadas de lavagem de dinheiro em valor que supera os R$ 45 milhões. Esse montante era desviado de obras públicas e servia para que os investigados comprassem propriedades rurais em Mato Grosso do Sul e em outros estados.