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Acabou o luxo 'Cela vip' de rival de Rafaat é destruída em presídio paraguaio Luxo foi descoberto há duas semanas pelo governo 9 AGO 2016 • POR JOÃO GABRIEL VILALBA • 13h00

O pavilhão de luxo construído pelo narcotraficante Jarvis Chimenses Pavão, rival de Jorge Rafaat, dentro da Penitenciária de Segurança Máxima de Tacumbu, em Assunção, no Paraguai, foi demolido na tarde de ontem. Segundo o governo paraguaio que autorizou a demolição das 22 celas, o trabalho foi realizado com ferramentas manuais, para que não prejudicasse a estrutura do presídio.

Após derrubar as celas, a direção do presídio fez buscas em outros pavilhões, mas não informou se foram encontradas outras salas irregulares. De acordo com o site ABC Color, o diretor do estabelecimento penal, Luis Villagra, observou o trabalho de destruição e quando foi questionado pela reportagem sobre o número de celas e de detentos que usavam as instalações, preferiu não responder às perguntas.

Já os promotores de Justiça Pâmela Perez e Igor Cáceres, informaram que aproximadamente 20 integrantes da mesma quadrilha de Pavão usavam todo o luxo em que o narcotraficante obtinha.

O Ministério Publico relatou que esta semana irá ouvir funcionários e outros detentos do presídio, para apurar se realmente houve omissão das autoridades. Governo paraguaio chamou aproximadamente 20 operários do departamento de engenharia das Forças Armadas do Paraguai para analisar outros pavilhões que foram reformados pelo Pavão, caso forem confirmados, todos serão demolidos.

Narcotraficante é acusado de ser mandante da morte de seu compatriota, rival do tráfico na fronteira, Jorge Rafaat Toumani, morto à tiros de fuzil e metralhadora, numa emboscada no dia 15 de junho, na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, que faz divisa com a cidade brasileira, Ponta Porã.  

DESCOBERTA

A cela “vip” foi descoberta há duas semanas, depois que Jarvis Pavão foi transferido para o quartel especial da Polícia Nacional, também em Assunção. A ordem partiu do Presidente do Paraguai, Horácio Cartes, após um suposto plano de fuga da quadrilha de Jarvis da Penitenciaria de Tacumbu.

Dentro da cela, Pavão comandava seus negócios, e tinha como luxos, ar condicionado, cortinas, bolas de futebol e violão autografados, TV LCD, CDs, DVDs e livros de Pablo Escobar, fora outros luxos e acessos que Pavão tinha direito; como por exemplo, ter a sua própria cozinha para visitas oficiais; e também realizava compras, onde abastecia a toda a comida do estabelecimento.

A descoberta pegou de surpresa o governo paraguaio, e criou uma crise politica no país, e para a se organizar, o Presidente teve que demitir a Ministra da Justiça, Carla Bacigalupo, que teria tentado dificultar o cumprimento da ordem presidencial.