Por conta do assoreamento, Lago do Amor pode desaparecer nos próximos 20 anos, caso não haja plano de revitalização. Audiência pública para debater o problema foi realizada hoje, na Câmara Municipal de Campo Grande.
Afirmação de que o lago pode acabar foi feita pelo professor doutor Teodorico Alves Sobrinho, da Facildade de Engenharia, Arquitetura, Urbanismo e Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Conforme o professor, vida útil do lago é estimada em 21 anos. Segundo ele, desde 2002, ano em que a UFMS passou a monitorar o lago, ele ganhou 87 mil metros cúbicos de sedimentos, sendo que cerca de 600 m³ de sedimentos que caem no lago mensalmente.
Em 2002, área era de 11 hectares, caindo para oito em 2016. Além disso, houve redução de um terço do volume da águas nos últimos 14 anos, sendo visível vários bancos de areia.
“Em 2037, não teremos mais o Lago do Amor se nada for feito. Ele vai acabar, não tem jeito”, disse o especialista.
Um dos cartões postais de Campo Grande passou por revitalização em 2011 e voltou a apresentar problema de assoreamento em 2014.
Lago do Amor é formado pelos córregos Ribeirão Cabaça e Bandeira, sendo o segundo o que apresenta processo mais avançado de assoreamento, conforme o professor.
Ainda conforme o doutor, solução para o problema é um plano de urbanização para evitar que ocorra erosão em ruas e lotes, já que o sedimento “é resultado de um processo erosivo que acontece fora do lago”.
No início deste ano, inquérito para apurar o assoreamento do local foi instaurado pelo Ministério Público Estadual (MPE) e caso segue em investigação.