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EM CONFLITO Em ofício, ministros do TST 'deploram' críticas de Gilmar Mendes Mendes acusou o TST de assumir uma postura parcial em favor dos trabalhadores 28 OUT 2016 • POR FOLHAPRESS • 22h00

Mais da metade dos ministros do TST (Tribunal Superior do Trabalho) assinou um manifesto, divulgado nesta sexta (28), pelo qual os magistrados "repudiam" e "deploram" críticas feitas pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes.

Durante uma palestra, na semana passada, Mendes acusou o TST de assumir uma postura parcial em favor dos trabalhadores e de atuar com má vontade com o capital.

A carta, subscrita por 18 dos 27 ministros do Tribunal, foi encaminhada à presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia. "Repudiam e deploram a conotação de parcialidade em desfavor do Capital que se atribuiu ao TST, absolutamente injusta, decerto fruto de desinformação ou, o que é pior, de má informação", escrevem.

"Expressam, pois, indignação, constrangimento e inquietação ante a ofensa gratuita que lhes foi irrogada", afirma o ofício.

Os integrantes do Tribunal do Trabalho dizem que as declarações de Mendes, que preside o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), desprestigia o Judiciário.

"Consideram que manifestação desse jaez, bem ao contrário, muito além de macular o TST, enodoa, desprestigia e enfraquece o Poder Judiciário e cada um de seus juízes, prestando-se, assim, a solapar o Estado democrático de Direito", acrescentam, no manifesto.

O presidente do TST, Ives Granda, não aparece como signatário da carta de repúdio, subscrita pelo seguintes: João Oreste Dalazen, Barros Levenhagen , Aloysio Corrêa da Veiga, Lelio Bentes, Luiz Philippe de Mello Filho, Caputo Bastos, Márcio Eurico Amaro, Walmir da Costa, Maurício Godinho, Kátia Arruda, Augusto César de Carvalho, José Roberto Freire Pimenta, Delaíde Arantes, Hugo Scheuermann, Alexandre Belmonte, Cláudio Brandão, Douglas Rodrigues e Maria Helena Mallmann.