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SEGURANÇA Presos armados decidem fazer motim na Penitenciária da Máxima São mais de 30 detentos que alegam correr risco de morte 14 DEZ 2016 • POR RODOLFO CÉSAR • 20h07

Pressão de facção criminosa conhecida como Primeiro Comando da Capital (PCC), que age em presídios de Mato Grosso do Sul e de outros estados, resultou em motim iniciado no começo da noite de hoje envolvendo 33 internos da Máxima, unidade prisional de Campo Grande.

A reportagem apurou que foram 33 presos armados com facas e exigindo transferência imediata dos locais onde estão reclusos para a chamada cela forte, onde ficam pessoas ameaçadas e investigados e/ou condenados por crimes sexuais. A facção criminosa estaria ameaçando-os de morte.

Esse grupo criminoso já teria cometido assassinatos dentro do Presídio da Máxima neste ano e a Polícia Civil investiga.

Essas dezenas de detentos tinham sido expulsos de pavilhão pela facção criminosa e eles queriam permanecer no pavilhão 3, onde estariam mais seguros. Contudo, os próprios internos ameaçados alegaram a autoridades que celas já tinham sido cerradas e era aguardada a transferência para que ocorresse execuções.

Apesar de ser cogitada a transferência deles para outras unidades do Estado, o motim acabou contornado com a remoção dos detentos ameaçados para o pavilhão 4, que na Máxima tem posição mais isolada. Com isso, as armas foram entregues a agentes penitenciários.

Ação do governo do Estado para tentar conter o clima tenso na unidade aconteceu ontem (13), com operação pente-fino deflagrada por agentes penitenciários, com apoio de militares do Batalhão de Choque. O trabalho tentou apreender armas artesanais e drogas. Apesar da ação, o motim de hoje denotou que a situação no presídio está insustentável.

*Matéria editada às 20h33 para acréscimo de informações.