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OBRA ATRASADA Prefeitura e Estado discutem viabilidade para inaugurar 1º Outlet do Estado Obra que dá acesso ao shopping está emperrada e isso impede lançamento 4 JAN 2017 • POR Da Redação • 05h00

A Prefeitura de Campo Grande e o governo do Estado discutem a possibilidade de viabilizar parceria que torne possível concluir a obra no anel rodoviário que dá acesso ao Shopping Outlet, o primeiro deste tipo em Mato Grosso do Sul e que vem sendo construído na Capital desde 2013.

Outlet Mato Grosso do Sul

Esse empreendimento tem capacidade para gerar 1,5 mil empregos, divulgou a prefeitura, e vem sendo levantado em área de 12 mil metros quadrados. 

O valor de investimento previsto é de R$ 60 milhões na obra. 

A previsão para inauguração foi adiada diversas vezes e um dos motivos é a falta de acesso. 

A última data que tinha sido divulgada pela Agência Brasileira de Outlets (About) foi novembro de 2016.

Obras

O macro anel viário é obra que teve início em 1995, quando houve convênio firmado entre a prefeitura da Capital e o Ministério dos Transportes, por intermédio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit). 

As obras só começaram em 2011 e até 2015 R$ 33 milhões já tinham sido gastos. 

Desse total, R$ 27,5 milhões foram de verba federal e R$ 5,5 milhões do município.

Os trechos que hoje estão liberados para tráfego são os que ligam o Distrito de Indubrasil à saída para Cuiabá (MT). 

Faltam ainda as vias que ligam a saída de Rochedo à saída para Cuiabá. 

O objetivo da construção é evitar que caminhões precisem entrar em Campo Grande para seguir viagem que tenham outros municípios como destino. 

O shopping fica em região onde justamente falta asfalto, entre as saídas para Sidrolândia e Aquidauana.

Havia previsão para entregar o macro anel em março de 2016, mas não houve atendimento a essa determinação prevista em contrato com o governo federal.

CONSTRUÇÃO QUASE NO FIM

O Shopping Outlet está sendo construído em terreno que foi doado pelo governo do Estado no Núcleo Indubrasil, em 19 de junho de 2013. 

A Rivercom Construção Civil é a responsável pelo empreendimento. 

A lei que concedeu o benefício previa que o prédio deveria estar pronto até 19 de junho 2015. 

O que não estava previsto eram os atrasos na construção do anel rodoviário.

“As obras do Outlet estão quase finalizando. Estamos com 70% a 80% das marcas comprometidas, é um bom índice e estamos finalizando a parte de contrato”, informou ao Correio do Estado o diretor da incorporadora Rivercom Construção Civil e Participações, Tito Alcântara Bessa Júnior, em outubro de 2015. Não foi possível confirmar se houve mudanças com relação a essa previsão.

Tanto Marcos Trad como Reinaldo Azambuja não detalharam os esforços que podem ser definidos nesta reunião de hoje pela manhã. 

A viabilidade de conclusão do macro anel é assunto que vem sendo abordado por eles por dois encontros, mas Trad ainda não tinha assumido a prefeitura. 

Todos os secretários municipais, além do chefe da Casa Civil, Sérgio de Paula, participarão da audiência.

Marcas

O sexto shopping de Campo Grande pode abrigar até 50 operações. 

O nome oficial do local é Shopping Outlet Premier Campo Grande e em abril do ano passado tinha 15 marcas confirmadas para terem lojas. 

Entre elas estão Lacoste, Guess, New Era, Puma, Levi´s, Tramontina, Bunny´s e Timecenter.

A Agência Brasileira de Outlets (About) divulgou que os descontos no local podem variar entre 30% e 80%, dependendo dos itens e marcas.

As marcas seriam as donas das lojas, sem filial, por isso os preços menores estariam garantidos. 

Alguns produtos poderiam ficar mais baratos que os vendidos em Pedro Juan Caballero (Paraguai), previu a About. 

"Em produtos de moda com certeza vamos ser mais competitivos", disse André Costa, presidente da associação, em abril do ano passado.

Possível solução

Uma das opções para haver a conclusão do acesso ao centro de compras seria a incorporadora Rivercom Construção Civil assumir a construção do acesso.

No orçamento da União, há previsão de liberação de R$ 15 milhões neste ano para a construção do anel rodoviário, além de intervenções nas BRs 060, 163 e 262. 

O dinheiro terá origem no Ministério dos Transportes e o anúncio foi feito em agosto do ano passado, durante audiência do então ministro Maurício Quintella com o senador Waldemir Moka (PMDB), coordenador da bancada federal do Estado.