Projeto de Lei que prevê sinalização de locais inseridos na Zona de Recarga Direta do Aquífero Guarani, maior reserva de água doce subterrânea do mundo, foi aprovado hoje por deputados estaduais na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Texto vai para segunda votação.
Proposta, de autoria da deputada Antonieta Amorim (PMDB), prevê que sinalização sejam feitas nos limites externos à Zona, nas rodovias adjacentes e nas vias de acesso. Implantação e manutenção ficarão a cargo da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra).
Na justificativa do projeto, deputada afirma que é importante conhecer sobre a localização do Aquífero Guarani, que tem volume aproximado de 55 mil km³ e capacidade de recarregamento de aproximadamente 166 km³ ao ano, por meio de chuvas.
Antonieta afirma que, sendo o maior manancial de água subterrânea do mundo, é incontestável a importância da conservação da região em que está localizado no Estado.
Sinalização pretende formar consciência ambientalista e criar instrumentos capazes de diminuir impacto humano sobre as áreas de recarga, que sofrem de “Vulnerabilidade natural em meio à alta exposição de risco de contaminação do lençol freáticos e dos lenções profundos”.
AQUÍFERO GUARANI
Aquífero Guarani está localizado na região centro-leste da América do Sul e ocupa área de 1,2 milhão de km², estendendo-se pelo Brasil (840 mil km²), Paraguai (58,5 mil km²), Uruguai (58,5 mil km²) e Argentina (255 mil km²).
Trata-se de um lago subterrâneo de água doce maior do que a área somada da França, Espanha e Inglaterra.
Da área total, 2/3 estão localizados em território brasileiro, abrangendo estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A área de afloramento do aquífero mais importante em MS representa cerca de 31.299 km², localizada na região nordeste e parte da sudoeste, abrangendo em quase toda sua extensão a bacia hidrográfica do Alto Taquari.
Entre os municípios mais importantes estão São Gabriel do Oeste, Coxim, Camapuã, Alcinópolis, Pedro Gomes e Sonora. Há outra porção situada a oeste de Campo Grande, que se estende até o Paraguai.