O fazendeiro Alcino Dias Campos, 74 anos, o “Criatura”, será apresentado no 1º Distrito Policial na manhã de segunda-feira para dar a sua versão sobre o assassinato a tiros que cometeu na tarde de sexta-feira dentro do Cartório de Registro de Imóveis – 1º Oficio, de Dourados, contra o advogado Paulo Oserow, de 62 anos, confirmou ontem o advogado Upiran Jorge Gonçalves, um dos três que está na defesa do acusado. “Criatura” reside na fazenda Continental, no município de Itaporã, e está abalado com o acontecimento, sendo mantido à base de tranquilizantes, segundo os advogados. O crime repercutiu muito na cidade porque ambos eram figuras conhecidas na comunidade. Passado o período do flagrante, o fazendeiro será levado à presença do delegado Carlos Delano, que ficará responsável pelo inquérito. Provavelmente o acusado responderá o processo em liberdade, por ser réu primário, ter residência e atividade fixas. Oserow, que era ex-pastor evangélico, morava no Jardim Itaipu, em Dourados. Ele foi morto com quatro tiros de pistola calibre 380, quando estava no setor de escrituras do cartório. Ambos estavam no local para assinar a documentação da venda de uma sala comercial no edifício Cidade Campo, na Rua Oliveira Marques, que o advogado teria vendido ao filho do fazendeiro. Mas, segundo apurou a polícia, por falta da averbação do divórcio do advogado, o acusado ficou nervoso, discutiu e acabou atirando contra ele. Depois do crime, “Criatura” colocou a pistola na cintura, saiu do cartório e fugiu na sua caminhonete S-10, cabine dupla, de cor preta.