Bioluminescência é a produção e emissão de luz fria por um organismo vivo. Trata-se de uma forma de ocorrência natural de quimioluminescência, em que a energia resultante de uma reação química é lançada sob a forma de emissão de luz.
Muitas criaturas, como os vaga-lumes, produzem luciferina (um pigmento), que reage com o oxigênio para criar luz, e luciferase (uma enzima), que age como acelerador da reação.
Um fenômeno encantador pode ser visto nos cupinzeiros do Parque Nacional das Emas, situado em um dos extremos da Serra dos Caiapós, em Goiás.
A partir das primeiras chuvas após o inverno, de setembro a fevereiro, mas com maior intensidade em outubro e novembro, os cupinzeiros podem ser vistos brilhando em um fantástico fenômeno.
O que acontece é que, assim que o inverno se vai, as fêmeas de vaga-lume fazem a postura de seus ovos na base dos cupinzeiros.
Ao nascerem, as larvas constroem túneis na sua superfície e escolhem um lugar para se instalar. À noite, o monte de barro fica todo aceso, como um prédio de apartamentos.
As larvas brilham para atrair insetos voadores da vizinhança, inclusive cupins, e fazer um bom jantar. Aliás, é na fase larval que elas têm de se alimentar bem. Depois de adulto, o vaga-lume para de comer e consome a energia acumulada.
As condições ideais para visualizar a bioluminescência dos cupinzeiros do PNE são em noites quentes, sem luar e com alta umidade, ou após uma chuva, quando os insetos fazem suas revoadas e as larvas aparecem com intensidade para atraí-los.
Cupinzeiros são vistos em várias regiões do Brasil e em municípios próximos ao PNE, mas o fenômeno da bioluminescência misteriosamente só ocorre naquele parque. As visitações diurnas ou noturnas ao PNE são autorizadas, mas devem ser agendadas previamente com a direção.